por Marco Aqueiva
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Não se alcança a incompreensão da cidade sem os abismos e o desconcerto de um roteiro de leitura?
Não se chega à poligrafia de São Paulo sem as certezas apoiadas nas estatísticas?
Por que não se compreendem os ressaltos da solidão e as enchentes de janeiro sem a fala dos especialistas?
Nós, loucos e lúcidos por São Paulo, podemos com todo direito cantá-la lírica e cinicamente, épica e dieteticamente, dramática e ridiculamente.
São Paulo em que tardo, ávido pela serragem da imaginação decompondo fatorialmente aqueles números inteiros pesados de logística e razão.
Nem que seja pelos poros da palavra.
Artes tarde do que nunca.
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Confira texto na íntegra no Cronópios
http://www.cronopios.com.br/site/prosa.asp?id=4832
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Imagem: Jacek Yerka